ELIO OLIVEIRA MEU PENSAR
SOU A INCOGNITA! A VERDADE E A VIDA
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PARENTESCO CORPORAL E ESPIRITUAL

“Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este existia antes da formação do corpo. O pai não gera o espírito do filho, fornece –lhe apenas o envoltório corporal. Mas deve ajudar no seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-lo progredir.
Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são o mais frequentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para com os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova.
Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consangüinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos , enquanto dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências.
Há, portando duas espécies de famílias, as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras são duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no Mundo dos Espíritos, através de diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos> “Eis minha mãe e meus irmãos” ou seja a minha família pelos laços espirituais, pois “ quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos Céu é meu irmão, minha irmã e minha mãe”
A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de São Marcos, desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se dele, sob o pretexto de que perdera o juízo. Avisado de que haviam chegado e conhecendo o sentimento deles a seu respeito era natural que dissesse, referindo-se aos discípulos, em sentido espiritual, “ Eis os meus verdadeiros irmãos” Sua mãe os acompanhava e Jesus generalizou o ensino, o que absolutamente não implica que ele pretendesse que sua mãe segundo o sangue nada lhe fosse segundo o Espirito, só merecendo a sua indi9ferença. Sua conduta, em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrario.” (O evangelho segundo o Espiritismo. Allan Kardec).
elio candido de oliveira
Enviado por elio candido de oliveira em 09/11/2008
Alterado em 12/11/2008
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