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Ainda estou a pensar
O que a vida veio nos reservar.
A agonia de cuidar dos entes queridos.
E eles se sentirem tão preferidos

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Tenho pensado em tudo abandonar,
Mas o carater não deixa me mandar
E os que no meio vieram infiltrar.
Coitados nenhuma culpa de aqui estar.

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Somos viajantes do medo.
Caramba! Escondemos os nossos desejos.
E assim estamos sempre a caminhar.

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Buscando o sinal da solução.
Imbuídos na nossa talvez depressão.
E ainda, até curtindo grande escondida paixão.

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Esse é o poema da vida.