Nos meus sonhos, minhas, só minha a poesia
Deusa, moldada com o tempo, e não canção.
Iluminada, concluída, com pura determinação.
Há quem julgue construtiva ou a rebeldia.

Criadas, construídas ponto por ponto, versão amor
Nas formas, nos momentos até mesmo em louvor.
Cravadas nas lembranças, e revidas são as noites
Nas vozes perdidas, pouco aceitas, belos açoites.

Nas janelas da vida, quantos sorrisos, amarguras.
Pingos de chuvas que insistem em cair,
E, sem querer, temendo, sem objetivo tive que partir
Naqueles olhares que gritam despedidas, grandes ternuras

Pelos cantos, e quanto assim os prantos sufocando
Nesta vida onde espelham quantas maldades.
Retroação, filtração momentos de quantas saudades.
Sair, curtir, se mandar, mas cada instante, mais amando.