3 9 5 2 – CRIATURAS
Tem manhas que nos vem mostrar, que a busca da esperança,
É argumento e roteiro que nos pode num momento transformar
A luz da própria vida, de momento que num instante pode se for
Do corpo já em desgaste continuo os vermes a ele acometer.
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Cria vales das sombras, que contraria o pensamento nobre
Descobrimos então que não somos de verdade um nada.
Na construção desta vida, somos realmente pobres.
As pedreiras que recorrem, derrapam, e logo transformada
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Criam então palavras, que vira discursos falhos, quase prantos
Cantam a uma só voz, porém a nota não vem entoar.
Péssima e destoada, a palavra quer virar poesia vira lamentos.
Soltar um grito é o desejo, assim, a coragem vem faltar.
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O descortino do que se encontra e o acontecimento, lavra
Um termo quase sacramentado, de que tudo se encerra.
O pó da terra breve receberá o que um dia a vida jogara.
É parte, composta, da química que volta pobre ou enriquecida
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Revelação então quase que cruel de que somos inertes.
Provocados então, pela presença de inanimados irmãos,
Criam em nós capacidades irrelevantes, quase de humor.
Assim como, religioso, pregador, sem de nada conhecer.
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Ação reivindicatória da necessidade de permanência.
Supre mente coração, alma, e espírito de uma ventura
Invoca, cria, alterna, distribui a própria ciência.
Parte-se lembranças só de mais uma criatura.
