4003- AGARRA-SE A QUALQUER COISA.
Um andar na calçada, sem mesmo definir num dia que me pergunto por mim mesmo, critérios que procuro! Formas que não posso me oferecer quem sabe uma canção, mesmo aquela que ficou guardada, no intimo da mente, do corpo e da alma, para que ninguém dela tomasse conhecimento, porém é mendigar um olhar, esta vem correndo, e a me maltratar, é madrugada e no escuro, onde dois são, na verdade uma multidão. Ilusões de pensamentos, de sonhos de instruções perdidas no complexo mundo.
Um ser maioral, não sabe essa idéia, essa forma, instruída e editada, complexa, coisa vã, que não se soma como números, reais e absolutos nos cravam a certeza de suas existências e mais que isso a sua completa verdade. Vamos correndo e sem nunca mesmo nos completar, e volto a perguntar perplexa comodidade de se comportar, perplexa idéia de tudo se aceitar, e de tantos em nós confiar. Mendigam conhecimento, copiados, rodam, no evangelho que se lê que tantos se gritam espoliação de algo devidamente escrito, e de origem, simplesmente calcificada, na pregação, acreditados ainda quando pegos são, for andantes, for fixados nos seus leitos de dor, que se apega, até no ditado já tão publicado “quando as águas estão a lhe tirar o fôlego se por elas passar uma cobra, agarremos a ela, é Cipó”.
Uma questão de tempo, razão porque estamos sempre buscando mais um dia, mais um instante, espaço que julgamos a principio inútil, mas o tempo carrasco de nós, os acontecimentos, nascimentos dos que vem como cunhas, que se ajusta, e pior, cobram, sem cobrar, porque nesse instante passamos a ser responsável como custa caro ter essa atribuição, responsabilidade. Instante que para de se viver. Espera se o dia da partida.
É hora então de se despedir, e não queremos, pois a visão se grava se precisa, e não se quer mesmo ir. Ai se agarra a qualquer coisa. Até a fé. Até ao que não se acredita.
elio candido de oliveira
Enviado por elio candido de oliveira em 24/10/2015
Alterado em 24/10/2015