4 0 7 1 DESAPEGOS
Élio candido de oliveira.
Pois bem, tem algo em desatino, e os desencantos, em admitir uma super coragem, assim varar madrugadas, fim do mundo.
Isso compreende evitar desespero, quem mandara lembranças, e os desassossegos estão sentados a meu lado
Acho me apaixonado por alguém, e acho que não me retribui o meu sentimento. Frustro-me, acho que vou deixar barba, cabelo crescer, refugiar numa religião, onde cultos, e os dogmas filosóficos ai por diante, me sinto numa vida irreal.
Tornar-me indiferente acho que foi pela frustração, procuro me inteirar, meu objeto, o do desejo, ou quem sabe, não sei, aquilo que seja objeto do meu próprio desejo.
É meio louco estou a me descrever, algo que não preenche as minhas próprias expectativas, aumento de frustração.
Saudades, por do sol, mais um, menos um, um dia a se precipitar num marasmo sem fim, as provocações, situações, indesejadas, que não se evita, e ai, vem, o pior, conscientemente aceitar a indiferença.
Ela, como o meio mais prático de lidar com o que não se pode mudar, e como oferenda a meu eu mais profundo, desapego.
Simulando assim o sentir o que o amanha pode realmente não existir, desapegar dos bens, do próprio ser.
Sacrificar o desapego!
Abster sem compromisso da dor da ausência silenciosa que vem que persiste em magoar-me...
A indiferença e a partir o meu próprio desapego, este de mim, do meu mais profundo instante, o de ser ninguém.
elio candido de oliveira
Enviado por elio candido de oliveira em 13/06/2017