Mas por um momento eu estou tentando, eu quero dizer, quero gritar, mas o grito sufoca, o silêncio eterniza, a forma é que desaparece, e por onde anda a metade do grito, ou a simplicidade do ser, o Deus que parece tão distante, quem sabe esse de bom, abandonou-me e como algo inundado de angustia, não é sua vontade de ver a sua imagem por ele criada.
O medo da solidão a vertigem do alto de onde eu não estou à saudade que não é presença, uma ausência, que me calo, e a vontade que tenho então de ir embora, e buscar então recompensa, mas porque, mas e eu o meu ser insuportável, ficou para traz amigas, amigos, parentes, quantos destes já se foram.
Aquieto-me agora, e numa forma de referência pessoal e imortal que penso eu ser, e que eles foram, mas eu não vou assistir o tombo de tantos, e de pé, eu encarar o que não vou ver.
Quero falar mais, mas verifico então que a palavra não tem sentidos, são transferências de estados de loucura que transmito para aqueles que por acaso me ouvem, e ao que parece a emoção que damos nos recursos verbais às vezes não representam a vida estática que levamos.
Tentamos tudo, pronunciando tudo, porém nada vale nada, é o caminho de algo que vou continuar e ai no próximo capitulo, agora vem lá uma musica gaúcha para tirar do chão, tirar a falta sensatez, uma noite que não vê...
elio candido de oliveira
Enviado por elio candido de oliveira em 29/10/2019