- OUTRA VEZ XIII
Acordei! É tempo é hora de ir ao trabalho, como o mundo sempre acontece, coisas que há quantos anos faço, para se ver realizado ou realizar alguém. Mais uma vez saio a rua ninguém, e ai, todos tem medo do medo.
Quantas vezes os olhos brilham, quantas vezes me encaro, uma pequena frustração, um grito do escuro, algo para me causar pânico, a majestade vida que se apresenta, e a ela quero e de todas as formas preservar.
Eternamente meu amor!
Eternamente aquelas que me foram parceiras, e agora tenho medo de não a deixa-las pois já as deixei, em presença porque em alma jamais.
Instintivamente eu me vou, e nesse caminho estou eu a voar, para um campo que vai acontecer, quantos vão perecer, e assim será a minha desdita, quero socorrer não só a mim mas a todos.
Acabo de raciocinar, vivi muitos mundos, a luz de uma grande mulher, e tantas fizeram me repensar uma vida inteira, me fizeram conter, e neste instante, quero me salvar, quero construir.
O bom senso mesmo quanto se estabelece as grandes tragédias, de dolorosas que são, e as consequências que elas trarão, seremos todos sobreviventes, e aprendizes dos desvios de mente e natureza.
Quando tudo se consumar, quando tudo terminar, a dimensão que estaremos eu não sei, porém em qualquer delas será o determinado pelas forças superiores que nos comandam, mesmo que não queiramos.
“Adeus! Talvez não a vejo mais, se ouvir dentro da noite os meus ais, não procure saber porque choro e depois que souber que morri, não lastime pois a morte é alivio e a vida é tão triste ausente de ti... Vi de branco com outro a seu lado quando a escada descia era a noiva mais linda da tarde eu o que mais padecia o teu véu e a grinalda de flor aumentava os encantos seus, vendo o povo lhe dar parabéns, compreendi que aquele era o ultimo adeus”
A canção e seus dizeres é o retrato da vivencia, e do que vivi, e isso me faz parceiro de um instante maior, que a vida é mais que uma grande arte, mas a de a vive-la intensamente, aproveitando segundos a segundos.
Acredito que consegui quase tudo a minha maneira, pois assim penso e sempre busquei. As coisas possíveis sim, as impossíveis sei não me pertenciam, mas nem por isso deixei de busca-las.