Nas noites tão frias
De almas tão vazias.
Era o que todos percebiam
Mas em seus íntimos isso não acontecia.
Traziam essas imagens insólitas
Pois assim sempre eram expostas.
No intimo grandes corações
Quantas vezes! Recheado de paixões.
Graciosas e sempre amáveis.
Em corpos que as madames invejavam.
E pela sociedade descartáveis.
Mas para os boêmios da noite admiráveis.
Nas canções sempre faladas
Pelos poetas sempre amadas
Aos amantes da noite e madrugada
Elas a única retaguarda.
Pelas pesquisas e estatísticas firmadas
Nesta vida que parece desregrada.
Quantas companheiras da alta sociedade
Sonha na noite viver essa realidade...