Hoje estou buscando as ruas, das ruas, do tempo, das loucas noites, e ainda mais que isso, das misérias ai por vezes humanas, que pedem um instante, até só de atenção, que pede esperança e doa-se desprezo, e sem pretensão se vê as aceleradas dos veículos, e a noite vai chegando o frio também.
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Dança se o mosquito dança se os besouros à frente das luzes dos postes, a canção por vezes daquele, que se acha capaz, quando na verdade é igual aos iguais que se mostram a verdade e não se furta de assumir, a seu real e capacidade ai de ser, e não se busca imaginação, se busca verdade.
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Rasgando as horas, matando o tempo, e ele se matando a todo o transeunte, e sabe-se traiçoeiro é ele, e se engando, passo a passo vai levando, e sem destino, pelo menos conhecido, cria se um céu, mas que céu só no pensar, pois na verdade não se tem nem ideia de ele o ser.
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As noturnas casas, as então ditas protetoras dos maiores, estes por vezes abandonados, nem sempre por humanos, mas por algo dos piores dos piores os seu famigerados vícios, e da sua, ai, sim falta de capacidade de buscar o vencer os obstáculos, grito a canção, e busco acomodar.